Mitos e verdades sobre corrida de rua
Quem nunca ouviu falar que correr envelhece, que deixa o peito e bumbum caídos? Discussões se correr faz bem ou mal para a saúde são frequentes nas rodas de conversas entre amigos, especialmente quando você conta que está treinando para uma maratona. Existe um certo mito de que a corrida, por ser um exercício muito intenso e de impacto, pode machucar o corpo. Hoje vamos falar aqui sobre mitos e verdades relacionados à corrida.
Correr faz bem ou mal à saúde?
Os benefícios diretamente associados à corrida incluem a redução de gordura corporal, equilíbrio dos níveis de açúcar no organismo, melhora do sistema cardiovascular, a imunidade, controle na pressão arterial, entre outros. Mas os benefícios vão muito além disso. A redução do stress, especialmente para aqueles que correm na rua, na natureza ou em grupo.
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Além disso, por ser uma atividade física vigorosa, a corrida está associada também à redução dos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares e câncer. Foi publicado um estudo sobre esse tema no “European Heart Journal”, onde participaram 71.893 pessoas de ambos os sexos, com idades entre 55 e 67 anos (média 62,5 anos), que tiveram o tempo semanal de atividade física vigorosa (AFV) medido por um acelerômetro de pulso, durante pelo menos 16 horas por dia. A conclusão é que houve uma relação inversa entre o volume de atividade vigorosa, mortalidade geral, por doença cardiovascular e por câncer: quanto mais AFV menos mortes.
No decorrer de um período médio de acompanhamento de 5,9 anos, a mortalidade do grupo, que não praticou exercícios, atingiu 4,2%. Entre os que praticavam até 10 minutos/semana de atividade vigorosa, os índices de mortalidade caíram para 2,1%. No grupo que praticou entre 10 e 30 minutos de AFV, esse número diminuiu para 1,8%. Nos de AVF entre 30 e 60 minutos semanais, caiu ainda mais: 1,5%. Os mais ativos com AFV acima de 60 min/semana apresentaram índice de 1,1%, ou seja, quase ¼ da mortalidade dos sedentários. O nível considerado ótimo de atividade física vigorosa, aquele com mortalidade mais baixa, foi o dos que praticaram 53 minutos/semana.
Certamente o que faz mal à saúde é o sedentarismo. O Dr. Drauzio Varella, médico cancerologista formado pela USP, é uma grande referência e inspiração também na área da corrida, completando maratonas aos 70 anos. Ele compartilha bastante informação na luta contra o sedentarismo e reforça a importância da disciplina e do treinamento para começar a correr de forma saudável. Em seu livro Correr, ele conta como e por que decidiu espantar o sedentarismo, relata o desafio da primeira maratona, oferece informações médicas sobre a prática e, de quebra, nos leva num passeio sensível pela alma humana.
Diego Leite de Barros, fisiologista do esporte do HCor (Hospital do Coração), também acredita que a corrida gera mais benefícios do que riscos para o corpo, mesmo sendo um exercício de impacto. Porém, como qualquer outra atividade física, é preciso estar preparado para o nível da atividade e intensidade antes de começar a correr. “A corrida tem um estigma de que é uma atividade física que pode machucar, mas isso é um mito. O que se tem muitas vezes é a aplicação de um treino inadequado para determinadas condições, e assim até uma hidroginástica pode fazer mal, mas a corrida, dentro da condição adequada, não gera problemas para o corpo.”
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E afinal, correr envelhece?
O profissional de educação física Bruno Freitas Nascimento, da rede de academias Cia Athletica, contou que esse é mais um mito: “A questão do envelhecimento existe mais pelo fato de que, ao correr na rua, a pessoa está suscetível a situações que aceleram esse processo. Ao correr ou praticar alguma atividade física ao ar livre, o indivíduo entra muito em contato com o sol, e os raios ultravioletas atingem a pele diretamente. Isso dá a sensação de envelhecimento, mas pode ser prevenido com o uso de um protetor solar adequado.”
Correr deixa o peito e bumbum caídos?
Neste ponto entra a importância de utilizar equipamentos adequados, afinal por ser uma atividade de alto impacto, correr com roupas comuns não promovem a sustentação adequada, como explica Bruno:
“A longo prazo, pode gerar um distúrbio pela movimentação da mama e o glúteo e até dar visibilidade de um pouquinho ‘caído’. Tanto a mama quanto o glúteo têm mais gordura, e o deslocamento que ocorre nessas regiões é três vezes maior na corrida do que em uma caminhada."
“Mas, assim como no caso da exposição solar durante a corrida, há uma recomendação para evitar essa situação. A gente já tem disponível roupas que auxiliam nessa questão: tops com revestimento para sustentar a mama de maneira mais completa e shorts e bermudas de compressão, que também auxiliam no retorno venoso.”
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Como conclusão podemos entender que a corrida, apesar de parecer um esporte muito simples e que qualquer pessoa pode praticar, assim como qualquer outra atividade física, merece uma atenção especial para o treinamento, alimentação e escolha dos equipamentos ideais. Certamente o que não faz para a saúde e ficar sentado no sofá. O sedentarismo é alarmante: A Organização Mundial da Saúde estima que o sedentarismo provocará, no século 21, um número de mortes da mesma ordem do que o tabagismo (a estimativa é de que cerca de 800 milhões de pessoas perderão a vida por causa do cigarro, até 2100).
Então, vamos combater os mitos associados à corrida e espalhar muita La Vie por aí! Afinal, a La Vie nasceu porque acreditamos que o esporte é transformador na vida das pessoas e nosso propósito é oferecer a roupa ideal para isso. As roupas da La Vie Sports são criadas de corredoras para corredoras, a fim de solucionar problemas vivenciados na corrida como assaduras ou falta de sustentação para os seios e com isso, oferecer a liberdade transformadora para você ir mais longe. As nossas peças oferecem a compressão adequada e modelagens testadas por corredoras para que a sua única preocupação na corrida, seja correr. Conheça aqui.
Fonte:
https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/atividade-fisica-minima-e-longevidade/